DIÁRIO DA MAMÃE: O começo de tudo…

Oi meus amores, finalmente voltamos com o diário, e agora é um diário de uma nova mamãe… Mãe de primeira viagem… rsrsrs

Realmente, quando nasce um filho nasce uma mãe. É impressionante como esse ditado popular é verdadeiro. Eu pude sentir na pele, pois no final da gravidez fiquei desesperada por uma Babá, achando do fundo do coração que eu não daria conta sozinha. Fiz algumas entrevistas e contratei uma babá quando estava no final do 8o mês. Como ela estava precisando começar logo, já que estava desempregada há algum tempo, nós concordamos que ela já começasse. Então me ajudou com as roupinhas, se familiarizou com a casa, com a Sonia (minha mãezona que trabalha em casa há aaaanos) e fomos nos familiarizando uma com a outra, claro. Achei muito bom. Mas o drama começou no dia 25 de dezembro, quando tive alta do hospital e apenas recebi uma mensagem dizendo que era feriado e que ela não iria trabalhar. Detalhe, ela sabia desde a entrevista que o Bê viria entre natal e reveillon, e perguntamos sobre a disponibilidade dela trabalhar nessas datas. Eu respondi então a mensagem falando que “nós estendemos a mão quando ela precisou e ela me deixou na mão no dia que eu mais precisava dela”. A resposta foi ela não vir mais, simplesmente sumiu. Descobri que ela viajou com a família no Réveillon.

Contei todo esse pequeno-grande-drama (Como boa sagitariana, não poderia perder o drama, claro) para falar que eu agradeço a Deus por ela ter feito isso comigo. Sim, agradeço! Fiquei desesperada, chorei, gritei, pois achava que eu não era capaz. Mas sabem de uma coisa, eu estou amando ficar sozinha com meu bebê. Tenho certeza que criamos uma ligação forte. Sou zero porcento contra babá. Sou tão a favor que queria uma, e que ainda terei uma. Mas esse início sozinha me fortaleceu, sabem? Eu achava realmente que iria pirar sozinha, que não iria dar conta, que não saberia dar banho, que não saberia o que fazer quando ele chorasse. Mas a verdade é que o ditado que citei acima é a mais pura verdade. Viramos mãe em um estalo. Simples assim.

Os primeiros dias foram complicados, pois além dos pontos doerem um bocado, ainda tive um susto imenso com o Bernardo. Vou contar algo muito particular para vocês, pois me sinto bem escrevendo aqui… No segundo dia de maternidade Bernardo foi diagnosticado com um sopro no coraçãozinho, e, apesar de agora estar tudo bem e ele estar com uma saúde de ferro (Sabiam que o nome Bernardo significa coração de urso/forte como um urso?), isso me derrubou. Fiquei desesperada, sem chão, chorei demais e isso realmente me desestabilizou emocionalmente. São muitas emoções, ficamos extasiadas quando ganhamos o bebê. É tanta felicidade que você nem sabe como lidar, então quando descobre algo assim você fica realmente sem chão. Eu olhava pra ele, tão perfeito, pequeno, frágil, e caia no choro. Me senti completamente impotente. Meu pediatra me tranqüilizou e levou até uma super cardiologista na maternidade para me deixar ainda mais tranquila. Todos no Einstein foram demais, meu pediatra foi demais, a Dra Deipara (a cardiologista top!) foi incrívei e no fim fiquei super calma. Bê está super saudável. Mamãe está super calma e bem. Fim!

Mas contei toda essa história, super particular, para contar meu novo drama: Amamentação!

Felizmente o Bê pegou muito bem o meu peito, não tive fortes dores, não tive rachaduras, foi realmente um conto-de-fadas. Bom, até a página 2!

Bê nasceu com 3,300Kg e na saída da maternidade ele ainda não tinha perdido aqueles 10% do peso que dizem ser normal. Porém, depois da ida ao pediatra – 4 dias depois da saída da maternidade -, notamos que ele continuou perdendo peso em casa. Ele mamava 30 minutos em um peito e mais 30 minutos no outro, porém continuava perdendo peso. Percebemos então – eu amamentei ele no pediatra e depois o pesamos para ver quanto ele havia ingerido de leite, em ML, ou seja, gramas. Achei fantástico!!! – que ele mamava muito tempo, mas não recebia a quantidade necessária de leite. Em 25 minutos de um peito e mais 20 minutos de outro ele havia ingerido apenas 40ml de leite, muito pouco. Mas como ele é muito bonzinho e quase não chora eu não sabia que ele estava “passando fome”, tadinho. Meu peito já estava murcho, não estava cheio como no início, e tivemos que pensar em outras saídas. O Bê não podia continuar perdendo peso, o que estava contribuindo para ele não fazer cocô e fazer muito pouco xixi. Fui então aconselhada a dar o peito + complemento, além de tomar um remédio para aumento de leite – Equillid -. Assim que soubermos que ele está ingerindo a quantidade necessária de leite materno, eu paro com o complemento. Meu sonho isso acontecer o mais rápido possível, pois não tenho dores e tenho muita vontade de amamentar exclusivamente. É uma delícia pra mim! Hoje falei sobre isso em um comentário no instagram, para uma leitora que queria saber como estava sendo a amamentação, e recebi um comentário de outra leitora me falando que “precisa ter tranquilidade e vontade”. Sim, concordo 50% com tranquilidade, já que a cabeça muitas vezes manda em nós e não o contrário. Mas concordo 0% com a vontade, pois eu sou SÓ VONTADE e infelizmente ela não está se bastando.

Mas tenho certeza que a culpa foi de todo esse stress que passei no início… Infelizmente essas coisas acontecem. Não estamos blindadas de sustos e acredito muito na influência psicológica em tudo do nosso corpo. Agora só estou buscando a tranquilidade, ficar calma e esperando o leite voltar… Numa boa. Sem stress.

Caso isso não aconteça, paciência, fiz o meu melhor…

Mas ver meu pequeno ganhando peso, ficando mais e mais bochechudo, não tem preço!!!!! Com o leite que for, só quero ele bem e com saúde.

Mudando de assunto, ele é bonzinho demais gente… Quase não chora, faz milhares de caras e bocas e é amassado pelo papai e pela mamãe. A vovó ficou em casa por 1 semana e nos ajudou muito. Fiquei muito feliz pois ela me deu o espaço que eu precisava para aprender, apenas agregou, sabem? Me ajudou muito na segunda semana, quando eu senti uma necessidade imensa de sair de casa, vocês também sentiram isso? Eu então tomei um banho, me arrumei, dei de mamar e fui almoçar fora com maridão. A vovó ficou com o Bê e voltei 2 horas depois, numa boa, sem stress com ele ainda dormindo. Agora já estamos sozinhos de novo e muito bem, obrigada. Papai ajuda demais, dá banho, troca fralda, ajuda a mamãe a dormir. Confesso que é mais fácil do que eu pensava e muito mais fácil do que sempre escutei falar ahahaha. Talvez ele seja realmente muito calmo, o que ajuda bastante, mas estou dormindo bem, não durmo de tarde enquanto ele dorme (o que sempre escutei que precisaria fazer), não estou um zumbi. Ufa. Talvez eu seja realmente abençoada. Afinal, ele é meu milagrinho de Natal, né?

Começamos o diário com um assunto mais pesado, mas não me sentiria verdadeira falando que tudo foi maravilhoso e que está tudo bem, sendo que passamos por uma montanha-russa de emoções. Não gosto de mentiras. Não gosto de vida de mentira. Se me propus a fazer um diário, que ele seja verdadeiro, certo?

Semana que vem falamos sobre “pagar a língua”, pois já comecei a pagar bastante ahaha. Assunto mais leve, mas muito verdadeiro também.

Beijos com muito carinho,

Nati e Bê, 2 semanas =)