DIÁRIO DE UMA MAMÃE BERNARDO FEZ 9 MESES

Meu Deus, como pode passar tão rápido? Meu bebê logo deixará de ser bebê e eu já estou sofrendo por antecedência.

Típico de uma sagitariana afobada e ansiosa, eu sei, mas meu Deus, como queria que ele ficasse bebê. Tá, eu sei, cada fase é uma fase, uma nova e deliciosa fase, de descobertas, aprendizados, crescimento, blá blá blá. Eu sei, deve sim ser delicioso ver nosso filho crescer, mas ao mesmo tempo é tão gostosa essa fase de bebê em casa.

Também sei o que vocês vão me falar: Faz outro, ué! Acertei? Sabia!!!!!!! Mas não, obrigada, mas não. Agora não. Não por alguns anos. Quero poder me doar exclusivamente para Bernardo, deixar ele reinar um pouco, e só então dar um companheiro ou companheira de vida para ele. Talvez mais 2 anos? Quem sabe. Se Deus quiser, sim.

Vocês querem uma Nati sincera? Já sei, a resposta é SIM, em capslock. Então lá vou eu…

Se eu pudesse, não engravidaria mais. Não tenho vontade de passar por toda fase da gravidez novamente. Foi deliciosa, foi mágica, foi um momento que vou me lembrar pra sempre. Ponto. Mas uma já está de bom tamanho. Não tenho sinceramente vontade alguma de passar por isso de novo. Não tenho vontade de passar pelas primeiras semanas de um bebê novamente, pois gosto da minha vida exatamente como ela está agora. Alguns vão chamar de insensibilidade, outros de egoísmo, mas, sinceramente, novamente, não ligo. A maternidade está me evoluindo nesse quesito. Ando ligando menos rs. O problema disso tudo é que a maternidade também te evolui em outro aspecto, você também começa a ligar menos para tudo, inclusive para o que você pensa, e passa a pensar mais no outro. No outro serzinho que veio te mudar pra sempre. Sei piamente o que quero e o que não quero, mas deixo tudo isso de lado quando penso que não posso deixar de dar um irmão para Bernardo. Que situação. Sou extremamente apegada aos meus irmãos, é um amor que eu me cobro em proporcionar ao meu filho. É uma amizade para sempre. É um aprendizado eterno. É uma evolução de alma.

Entendo do fundo do meu coração quem decide ter só um filho. É muito difícil, em todos os aspectos. Psicológico. Financeiro. Emocional. Estrutural. Te entendo e dou meu apoio. O problema aqui é pessoal, eu me cobro nesse aspecto, pois o meu amor por irmãos é algo de outro mundo e talvez outras vidas, então me sinto a pior pessoa do mundo sem mostrar isso ao meu filho. Mas como disse e repito, é pessoal. Como disse no post passado, na maternidade não tem cartilhas de certo e errado, tem apenas o que faz seu coração ficar tranqüilo. Essa é a cartilha que sigo.

Bernardo está aprendendo a fazer manha. Experimente tirar o controle remoto de sua mão? Ou então a tampa da mamadeira? Ou então a colher? Bom, não tente, por favor, pois logo virá um choro tão sentido, mas tão sentido, que fará com que eu me sinta a pior mãe da eternidade. Mas eu tiro, tento não focar nisso, não dar ênfase. Pesquisei muitas teorias sobre essa fase, mas a que mais faz sentido no meu modo de enxergar as coisas é essa: Na hora do choro o certo a fazer é tirar o que pretende e distrair a criança com outra coisa. Ele ainda não entende muito bem, então bronca, ou deixar esgoelar não é o correto. Porém, se você ceder, ele logo aprenderá que basta um berro para ganhar o que quer. E aí meu amor, você tá ferrada! Desculpa a palavra, mas não encontrei melhor substituta rs. Me parece muito coerente, vocês não acham? Eu tiro, tento distrair com outro objeto e anda dando certo. Mas ele anda testando bastante. O problema é que Bernardo é muito bonzinho (tipo a Babá diz nunca ter visto uma criança igual ele rs), por isso é muito difícil lidar com essas manhas. Ele nunca foi chorão, e quando chora, mesmo que sendo birra, é do tipo magoado, sabem? Chora sentido… Precisa segurar o coração pra não ceder! Mas sempre penso que estou fazendo isso por ele, pois se ele ficar uma criança chata e mimada, será ruim para ele. Muito mais do que pra mim, que amarei ele para sempre e “no matter what”.

Vamos observar cenas do próximo capítulo, pois imagino que isso esteja só começando rsrs.

Mudando de assunto, viajo esse domingo. Minha primeira viagem longa a trabalho. Desde que tive o Bê passei a selecionar muito mais meus trabalhos a distancia. Deixo de fazer muita coisa, muita mesmo, pois sofro muito em estar “separada”. Quem me acompanha diariamente no Snapchat (User: NatiVozza) sabe o quanto me desdobro para passar o máximo de tempo com ele no dia a dia.  Trabalho muito, mas sou sim muito presente na vida dele,  então passar 7 dias distante me dá pesadelos. Marquei essa viagem há meses e pensei comigo: “Na época Bernardo estará com 9 meses, vai ser tranquilo ficar 5 dias fora (era para ser 5 dias, mas agora, de última hora, passou para 7)”. Graaaaaaande engano, Natália, grande engano! Que pesadelo! Ando dormindo mal, sofrendo de antecedência, nervosa, angustiada. Penso que nem deveria ir já que estou assim, mas sou encorajada pelo marido, pela assistente, pela família, e, por fim, não menos importante, pela minha própria consciência. Ela sabe que no fim eu quero ir. Ela sabe que no fim eu curto. Eu aproveito. Eu vivo! Ela sabe que é saudável, tanto para mim quanto para meu filho. Ela sabe que isso não influencia na nossa relação e não muda em nada o tipo de mãe que eu sou e sempre serei para ele. Ponto. Faço as malas amanhã, pois quero aproveitar o final de semana para passear, ficar agarrada.

Bom, deixa eu ir, Bernardo acordou e eu quero dar o almoço pra ele…

Beijos com amor e carinho,

Nati e Bê, 9 meses…