DIÁRIO DE UMA MAMÃE – 25 SEMANAS
Meu Deus, que saudades desse nosso momento! O último diário foi antes da viagem para Bahamas-Miami, e depois a vida ficou meio corrida, de pernas para o ar, e fui perdendo o “fio da meada”. Desculpa, amores.
Vou voltar algumas semanas para vocês entenderem melhor tudo o que mudou aqui em casa, pois foram muitas mudanças. ÓTIMAS mudanças, por sinal.
Na semana da viagem Bernardo estava com 5 meses e 3 semanas, perto de chegar ao 6º mês. Não queria deixá-lo (ele ficou em casa com minha mãe. Depois conto essa parte!) sem antes passar no pediatra. Passamos pela consulta três dias antes, e mudamos algumas coisas. Estava muito preocupada com o refluxo, pois já havíamos tentado de tudo (remédios, troca de leite, posições, bicos, mamadeiras) e nada fazia parar o maldito! Eu estava muito angustiada, pois o refluxo era tanto que nos impossibilitava até de brincar, pois toda vez que ele se excitava demais, saía uma cachoeira de sua boquinha, tadinho. Fiquei até preocupada, pois não conseguia estimulá-lo da forma que gostaria (como deixá-lo de bruços, sentadinho…) e sempre ficávamos nervosos de pegar no colo etc. Não era para ser assim, né? O médico então falou o que eu queria ouvir, que iríamos adiantar as papinhas e frutinhas (apenas 1 semana, pois o certo seria começar aos 6 meses, mas normalmente o refluxo para ou melhora muito quando entra nas comidinhas, então era nossa chance de tentar) e já começaríamos “now”. Meu Deus, pensem em uma pessoa feliz!!!! EU!!!!!
Começamos com frutas e papinhas para bebê, e deixamos o suco (pois estávamos querendo cessar o refluxo, então mais um líquido não ajudaria. Líquido só de água ou leite) para o próximo mês. Saí do médico louca para dar a primeira papinha para o meu filho, vocês não imaginam a minha felicidade. Era horário da fruta, amassamos uma banana e começamos assim. Para meu espanto, ele amou! No almoço fizemos uma papinha e ele novamente amou. Que coisa linda, até hoje quero morrer de tanto apertar, pois acho a coisa mais linda ele comendo.
O horários estão assim:
- 7:30h – Leite
- 9:30h – Fruta
- 11:30/12hs – Almoço (papinha e fruta de sobremesa)
- 14:30/15hs – Leite
- 17:30h – Jantar (papinha e fruta de sobremesa)
- 19:30/20hs – Leite
Ele se acostumou muito bem e rápido. O refluxo continuou, porém muito menor, por mais 1 ou 2 semanas. Hoje posso dizer que cessou completamente!!!!!!!! Vocês não imaginam o quanto ele se desenvolveu depois que o refluxo parou. Eu juro. Claro que tem também o fato de que semanas significam demais para um bebê, mas ele não era de ficar “falando” muito, pois qualquer esforço ele já regurgitava, sabem? Hoje ele canta, fala ahahah (coisa de mãe kkk). Pega o pé o dia todo, come o pé também rsrs. Fico triste por não ter conseguido estimulá-lo mais quando era menor, mas fiz o que conseguia e respeitando seus limites. Não comparo com nenhum bebê, não forço nada. Já escrevi em outro post uma frase ótima do meu pediatra, “só comparo Bernardo com Bernardo”. É isso aí.
Mudando de assunto, vamos falar da viagem?
Marquei a viagem com antecedência, pois pensava: Bernardo já vai estar fazendo 6 meses, vai ser tranquilo… Pensei dessa forma até chegar a semana da viagem. Tentei organizar tudo para que fosse mais tranquilo e menos sofrível para ele, então pedi que minha mãe viesse até minha casa, pois dessa forma o Bernardo continuaria em seu ambiente. Minha mãe me ajuda muito e já está familiarizada com a rotina dele, tem aquele jeitinho para ocasiões especiais rsrs. Minha mãe é aquelas avós que fazem tudo, que realmente cuidam sabe? Enfim, programei tudo, colei na geladeira os horários, deixei minha cama do jeito que o Bernardo gosta para ver TV de manhã, fiz supermercado, etiquetei tudo… Mas confesso que o dia anterior à viagem foi uma tristeza. Só chorei, não imaginei que seria assim. Pensei 12345678 vezes em cancelar. Fiz as malas na madrugada da viagem, chorando, melancólica. Pensei que estava sendo a pior mãe do mundo, não conseguia pensar na minha vida sem acordar e ver o gordinho rindo no berço, enfim, uma melancolia só.
Chegou o dia. Acordei, fui até o berço, dei um beijinho no gordo, tentei não pensar muito, e fui. Cheguei no aeroporto, fiz check in, esperei, esperei, esperei, e… Desesperei! Nunca vi isso antes, chorei, esperneei, queria cancelar, desistir, voltar pra casa. Já estava de bom tamanho. Antonio teve paciência. Conversou comigo, tentou de forma amena, mas quando viu que não dava mais, foi firme. Falou que iríamos ter um tempo para nós, que precisávamos, trabalhamos juntos, que nossos amigos iam se casar, que Bernardo estaria em ótimas mãos, que ele nem sentiria, que bebês não tem noção de tempo… Pronto, acalmei.
Entrei no avião, que morro de medo btw, e dormi… Fiquei em paz, tranquila. A viagem foi deliciosa, realmente precisávamos desse tempo. Minha mãe mandava milhões de fotos do Bê por dia, vídeos, eu ria, chorava, e depois ria de novo. Realmente consegui aproveitar a viagem! De verdade. De corpo e alma. Não quero outra tão rápido rsrs, mas faria outra com certeza.
Eu fui criada pelos meus avós e acho tão saudável. Saudável para essa relação linda e que infelizmente não é para sempre. Saudável para os pais. Saudável para os filhos crescerem vendo os pais se divertirem e estarem então felizes e bem para cuidarem deles. Isso não serve apenas para viagem, mas também vale sair com o marido, amigos. Ter uma vida normal, por mais estranha e desafiadora que essa palavra possa soar.
Voltei e ele estava maravilhoso, já quase sem refluxo, cantarolando no berço, pegando o pézinho. Fico triste que não vi pela primeira vez, mas sinceramente não me apego à esses detalhes. Me apego em ser a melhor mãe que eu poderia ser, no dia a dia, na vida real. Me apego em não ser triste, em não ser nervosa, em não ser frustrada. Pra mim de nada adiantaria em ser a mãe que muitos julgam certa, se eu fosse frustrada por ser dessa forma e então não curtir, não rir, não ensinar a felicidade ao meu filho. Tempo de qualidade é a palavra mais maravilhosa desse mundo! Pais felizes, filho feliz!
Acho que desenferrujei, certo? Semana que vem volto com a corda toda, prometo.
Preciso terminar aqui, pois já está na hora da papinha do Bê e me planejo toda para conseguir dar. Não aguento ver ele todo sujinho e abrindo a boquinha desesperado. É um gordo mesmo…
Beijos com carinho,
Nati Vozza e Bê, 6 meses =)
3 de julho de 2015 at 12:23
Estava com saudades do diário… é uma delícia ler! E ele é lindooooooooo <3
4 de julho de 2015 at 03:36
Ah, que saudades dos diários!!! Como você é “real”, verdadeira, amorosa!!! Sorte do Bê!
Ah, e estou amando vc no snap hahaha, altos papos!!!!
bjs
6 de julho de 2015 at 14:25
que linda, brigada
6 de julho de 2015 at 15:21
Nati como não amar seus diários?? e seus snaps?? acho lindo isso em vc esse carinho com o Bê, e quero ser uma mãe assim também, a melhor mãe que eu puder ser para o meu filho! Lindos bjs
6 de julho de 2015 at 21:05
Amo tanto ler esses diários… ainda não tenho baby, planejo para daqui uns 3 anos (Só faz 1 que estou casa.. quero curtir um pouquinho rs)..
Mas já aprendo tanto… já sei tanto sobre barrigona e bebês…. Vc arrasa, Nati!!!!!!! Beijo, minha blogger preferida!!
7 de julho de 2015 at 15:54
Nat, vc parou de dar os remedios para o refluxo?
7 de julho de 2015 at 18:38
parei agora, essa semana
8 de julho de 2015 at 10:38
ahh q saudades eu estava do diário!!
você é muito fofa, Nati! sorte do Bê ter caído numa família tão especial, tenho certeza que ele reconhecerá todo o esforço que vocês fazem por ele..
será incrível no futuro ele mesmo ler esses diários e ver a mãe incrível que ele tem!
quando tiver meu filho também quero fazer um diário, como vc..
bjo grande
8 de julho de 2015 at 17:25
que delícia ler esse diário de novo!! <3 como faz falta rs mas vc ñ contou pq o voo acabou cancelando e chegando em cima da hora pro luau da Mica!!
14 de agosto de 2015 at 09:34
Nat, estou sentindo falta do Diário de uma mamãe. Tenho uma filha 10 semanas mais nova que o Bê e eles sempre me ajudaram muito… Bjos