DIÁRIO DE MAMÃE: MUITO AMOR E PERSONALIDADE FORTE
Sempre gostei de observar relações inter familiares. Acho que é culpa da minha “veia psicóloga-frustrada” ( pra quem não sabe eu cursei um pouco de faculdade de psicologia antes de cursar moda. Amo moda, não me arrependo. Mas acho que um dia volto para fazer psicologia ).
Eu amo analisar de fora, prestar atenção e sempre faço historinhas na minha cabeça das famílias que olho e observo. Sempre vi meninos muito grudados em suas mães, e isso é até explicado no primeiro ano da faculdade, cientificamente até. Porém, Bernardo sempre foi muito livre, sempre foi de ninguém, sabe? Ama Papai. Ama mamãe, claro. Ama vovós. Titios. Ama todo mundo rs. Ele é amoroso, dá beijo, mas não gosta de grude e nem de colo. Eu respeito, apenas. Apesar deu ser muito calorosa, muito carinhosa com todos, amar contato físico, beijo e abraço, eu respeito que meu filho seja diferente e tenha a sua personalidade. Porém, de uns tempos pra cá, ele anda com Mãezite, sabem? Fica andando pela casa toda falando “Mãmãmãmãmã”. Bate em todas as portas da casa me procurando, tadinho. Ninguém consegue tirá-lo do meu colo, muitas vezes nem o papai (que ele tem verdadeira adoração!). Sem contar que quando estou em casa, tenho sua companhia até no banheiro rs. Não existe essa de fazer xixi de porta fechada. Ele bate. Me chama. Ele é insistente, e eu morro de dor no coração. Virou meu grudinho. Apesar de amar e morrer de amores esses momentos novos, eu sempre achei incrível essa sua personalidade de desapego. Sempre ouvi que crianças são uma caixinha de surpresa e realmente são, pois cada semana é uma coisa diferente, em todos os sentidos.
Nós sempre fomos muito próximos, eu nem tive Babá nos três primeiros meses. Não tive muita ajuda ( mãe e sogra não moram em SP ) e nunca deleguei muitas tarefas. Tenho Babá nos dias de semana, pois trabalho, não tenho rotina ( dias que tenho o dia livre, dias que só tenho a manhã ou só à tarde, dias que preciso ir a eventos noturnos e dias que são só dele ) e também gosto de ter uma vida, sair, curtir, descansar a cabeça, mas eu sempre fui muito presente (graças a Deus tenho a dádiva de fazer meus horários!). Já cheguei a me questionar, anteriormente, se ele não era tão apegado a mim por eu não estar 100% presente no dia a dia dele. Sou mãe, tenho minhas encanações, dúvidas, culpas. Mas sei da nossa relação, da nossa proximidade, então isso era logo descartado e não passava de um momento inseguro de uma mãe de primeira viagem. Mas mesmo assim, quando via crianças com “Mãezite” me perguntava porque Bernardo não era assim… Erro meu! Agora não consigo trabalhar tranquila, pois imagino que ele esteja me procurando pela casa, sentindo minha falta. Se estou em casa, não consigo fazer outra coisa a não ser brincar com ele, pois penso: que sacanagem deixar uma criança querendo a mãe e ela lá, em casa, trabalhando do celular! Ainda estou me adaptando a essa nova rotina e personalidade. Acredito que seja uma fase, que nada tenha mudado, que ele apenas esteja crescendo e querendo mais a mãe por perto.
Outro ponto são as birras. Junto com o mãezite, veio um Bernardo birrento e genioso. Se tiro algo de sua mão, grita! Joga as coisas no chão. Umas duas vezes ele chorou tanto de birra, braveza, que não conseguia voltar, sabe como? Voltava a chorar, soluçava, quase vomitava de tanta braveza. Eu tento não ceder, tento ser firme. Mas é muito difícil, nossa!
Ele tem os dois lados muito aguçados, pois é extremamente dócil, vai com todo mundo, beija, ri, faz gracinhas, mas se não faz o que ele quer… Meu Deus! É bravo!
Acredito que ele esteja começando a nos testar, inconsciente, para ver até onde cedemos. Lidar com não e frustrações é difícil, até para nós.
Eu vou continuar tentando, pois o “não” é uma prova de amor, muitas vezes maior do que o sim.
Vou continuar tentando por aqui. Vou contando para vocês nos próximos diários…
Beijos com carinho,
Nati e Bê. <3
30 de junho de 2016 at 16:05
Como cresceu!! Ta lindão..
http://senhoritadoslacos.blogspot.com.br/
Bjos
30 de junho de 2016 at 16:08
Olá, Nati.
As crianças são mesmo assim…cheias de fases, de mudanças. O teu filhote está a entrar naquela fase de testar os pais, de testar limites, para ver até onde pode ir. Não é fácil. Mas vocês são os pais amorosos, sensatos e no final vai dar tudo certo.
beijocas
Lara
30 de junho de 2016 at 18:23
Oi Natii….que delícia essa fase de grudinho da mamãe!! hahahaha…a minha é 100% mamãe e é menina viu? Todos diziam que ela ia ser colada no pai, mas até agora, nada tira o trono da mamãe! A minha gatinha também é como o Bê: mega carinhosa, beija todo mundo, abraça…mas pensa numa menina geniosa??? Hahahahahha…e já dá bronca em todo mundo, do alto dos seus 1 ano e 9 meses!!! Acho que o que a gente tem que fazer é curtir cada fase, tudo muda muito rápido, passa muito rápido…e a culpa estará sempre aqui, afinal maternidade=culpa não é mesmo? Continue fazendo o seu melhor…adoro seu blog! Bjos
30 de junho de 2016 at 21:31
Nati, ele é sagitariano uai!! hahahahah
30 de junho de 2016 at 23:18
Um dia, enquanto eu me queixava para a pediatra que eu tinha culpa porque minha filha só queria ficar comigo e fazia um escândalo quando eu precisava sair, afinal eu havia deixado de trabalhar pra me dedicar a ela, a pediatra falou: “sempre pensamos que a culpa é nossa”… Já ouvi muitas mães falando isso, os filhos só querem as mães. Hoje acho que acontece porque somos boas mães e representamos aconchego e amor quando eles precisam. No meu caso, fico preocupada porque é demais… Minha filha mais velha não pode me perder de vista, espero que isso passe porque ao mesmo tempo que é bom, a longo prazo se torna desgastante. Realmente a maternidade e seus desafios
1 de julho de 2016 at 09:59
Nati, meu Arthur tem a mesma idade do Be, estão muito iguais, aqui em casa ta a mesma coisa. Quando vejo seus snpas sempre pensava, nossa esse Be não tem birra, não chora, kkk, mas deve ser uma fase, também fico com coração na mão quando saio para trabalhar. bjaoo
1 de julho de 2016 at 10:44
Tem gente que não gosta da terminologia “the terrible two”, mas é exatamente isso…
1 de julho de 2016 at 14:23
Amoooooo seus diários, sempre tão verdadeiros e reais. Pra mim mesmo, que estou planejamento meu primeiro filho, me preparo muito lendo seus conflitos e aprendizados. Beijos!
1 de julho de 2016 at 18:01
Um verdadeiro capricorniano. Somos amorosos, mas desapegados. Às vezes dizem que não temos coração, mas temos, assim como temos nosso jeito de expressar o amor, o cuidado.
2 de julho de 2016 at 02:09
Nati, meu meninão é da idade do Bernado (1ano e 5 meses) e tá fazendo tudo isso, com o acréscimo de empurrar quem chega perto quando ele tá no meu colo, inclusive o papai, rs. Notei que essas chaticezinhas normalmente se manifestam quando ele tá com sono. Agora ele também não vai com qualquer um, ao contrário de uns meses atrás quando ele se atirava no colo pessoas aleatórias. Como fora isso ele continua sociável e feliz, creio que seja só uma fase mesmo. Espero que com o Bê também. Beijo pra vocês!
5 de julho de 2016 at 13:14
Ola Nati,
Estou nessa mesma fase.
Espero que seja so uma fase mesmo.
beijos!
Luana
7 de julho de 2016 at 16:19
Meu Deus…fico boba quando leio seus diários…Passo até a acreditar um pouco mais em astrologia, pois tive bebê no mesmo dia que você, minha menina se chama Laura, e como eles tem personalidades parecidas… Esse post parecia que você estava descrevendo a minha Laura… Só acho que a Laura parece ser mais agitada que o Bernardo, ela parece que é ligada no 220 w, e ele parece ser mais tranquilo. Mas, ser risonha, de ir com todos, ficar entre papai e mamãe, não gostar de colo, gostar de crianças, é incrível como se parecem…
12 de julho de 2016 at 17:27
que coisa ne eheheh…