DIÁRIO DE MAMÃE BERNARDO 14 MESES

Estou escrevendo esse diário enquanto o Bernardo dorme, depois de andar a casa todinha e abrir vinte vezes a minha gaveta de caixas de óculos que fica no escritório ( a única porta que ele consegue abrir, pois é de trilho, e fica no meio do corredor dos quartos rsrs ). Ele já está mais confiante, está se arriscando, uma graça. Porém, um perigo. Tem que ficar 100% de olho! Se piscar, ele já sumiu ahahaha.

Esses dias eu estava com ele na sala, sentada no chão, brincando. O celular tocou, eu atendi e em 1 minuto, juro, 1 minuto, eu já não o encontrei mais. Saí pela casa chamando “Bernardo”, “Bernado!!!!!” (detalhe, nem é tão grande assim rs) e o encontrei no banheiro do quarto de hospedes, picando papel higiênico e colocando na boca. É, eu sei, shame on me, mas mas acontece… O pior é que ao me ver ele já solta um riso sarcástico, sabendo que está fazendo algo de errado, mas que é charmoso demais para levar bronca. Eles são muito espertos! Nos viram do avesso…

Toda hora me pego pensando que não vejo a hora dele crescer um pouco mais, para eu então conseguir educar, dar bronca, colocar de castigo…Sei que ele sabe que é errado ir até o banheiro e comer papel higiênico, mas não é tão claro ainda para ele. A curiosidade fala mais alto. Eu posso falar milhões de “nãos”, ele entende o que é, porém, desfoca em 1 segundo. A bronca não resolve ainda. Não sou uma megera, pelo contrário, preciso me controlar para não ceder às suas birras e manhas, mas quero educá-lo. Penso que é minha principal tarefa, educá-lo para a vida. Os “nãos” precisam vir de casa, os limites precisam ser dados pelos pais. Dessa forma ele sofrerá menos ao recebê-los nas ruas.

Mas ao mesmo tempo que peço que ele cresça, imploro para que ele fique pequenininho pra sempre eheheh. É contradição. É uma loucura! Quero e não quero, sabem como? Ele é tão delicioso pequenininho, tão gostoso, e está crescendo tão rápido…

Ai, preciso dar um jeito nessa minha ansiedade, isso sim.

Mudando de assunto, vamos falar de comida? Bernardo está dando um show no almoço. Não anda querendo comer de jeito nenhum. Justo ele, que sempre bateu um pratão. Tá, eu sei, cada semana é uma semana, estou começando a acreditar de verdade nisso aí. Li bastante sobre essa fase, penso que pode ser a tal crise da individualidade, a vontade de comer sozinho, birra e etc, mas se eu deixo ele comer literalmente sozinho ele vira o prato na cabeça. Entendem? Ele é ótimo de coordenação motora, ótimo, mas ele ainda não entendeu que não pode virar o prato de ponta cabeça ahahaha. As frutas e outras comidas mais durinhas, ele come com as mãos, mas arroz e outras comidas que são mais “soltas” não tem como. Vira uma zona! Não sei o que faço, me dêem uma luz???

Ele ainda não está falando, mas fala “qua qua” para o livrinho de patinhos que leio desde pequenininho. Fala “cocó” para um galo de borracha que ele anda pra cima e pra baixo. Não fala mamãe, mas quando vai fazer alguma birra ele fica esboçando um “mã mã mã mã” ahahah. Eu, louca e coruja, penso que ele tá pedindo por mim ahahah. Mas sei que são apenas sons. Sei que tem crianças que falam com 2 anos, outras que aos 8 meses já falam algumas palavras, por isso não cobro. De verdade. Cada um tem seu tempo…

Ah, último assunto para esse post… A tal cadeirinha de bebê de carro! Muitas me vêem com o Bernardo no banco de trás do carro e notaram que eu ainda não virei a cadeirinha para a frente. Ele está com quase 12Kg, na teoria já poderia ter virado há algum tempo. Li muito sobre o assunto, e acabei preferindo deixá-lo virado para trás. Ele odeia, anda dando escândalo quando fica parado em trânsito, etc. Se irrita, quer olhar pra frente, mas eu tento abstrair. Se vocês lerem as pesquisas e fatos, verão que é melhor deixar a criança esgoelar, do que ceder à pressão e colocá-las em risco. Sinceramente não sei se aguentarei deixá-lo até os 2 anos assim, de costas. Acho que vou acabar cedendo logo mais, mas também não vejo necessidade de virar a criança ainda tão pequena pra frente, apenas por comodidade. É extremamente mais seguro do outro jeito, há teses, laudos, pesquisas e muitos fatos tristes sobre esse assunto. Vou tentar seguir firme e forte. Não julgo de forma alguma quem acabou cedendo. Eu teria cedido se não tivessem me lotado de matérias para ler sobre o assunto e acabado, de certa forma, me traumatizando rs. Mas quem tiver bebê pequeno e que não tiver ainda virado para frente, leia sobre o assunto, acho que vocês irão concordar comigo. Vou tentar, pois não é fácil ver o filho chorando e saber que você poderia ajudar a parar, mas não faz. Porém, é por algo maior, para seu bem, então consigo conviver com isso.

Bom, acho que falei tudo… Não sei, acontece tanta coisa, tão rápido, em tão pouco tempo!!!! Realmente cada dia é um dia, vou tentar anotar os acontecimentos principais, para lembrar de comentar no próximo diário.

Beijos com carinho,

Nati e Bê, 14 meses, 12 dentinhos, andando, falando quá quá e nada de mamãe eheheheh